quinta-feira, 14 de junho de 2007

Portugal desperdiça 60% da energia consumida


Segundo o Diário Económico de hoje, 60% da energia consumida em Portugal é desperdiçada, ilustrando a tendência de redução da eficiência energética nos últimos três anos. Os custos com a energia não param de aumentar, tendo ultrapassado os 5% do PIB em 2006, sendo que por cada mil euros de riqueza gerada, o país gasta 51 euros em energia, o valor mais alto dos últimos 22 anos. Resumindo, o país compra mais energia e aproveita-a pior. Oliveira Fernandes, professor do Instituto Superior Técnico, sustenta que para inverter esta situação é urgente investir cada vez mais nas fontes renováveis e na modernização das construções.
De acordo com uma noticia do "Diário Económico", há três anos consecutivos que a economia portuguesa está a perder eficiência no uso do petróleo e a factura energética não pára de aumentar, tendo ultrapassado os 5% do Produto Interno Bruto em 2006, o valor mais alto dos últimos onze anos. O desperdício representa 60% da energia consumida.
Em 2006, cada português consumiu 12 barris de petróleo por ano, valor que revisita os recordes do período de maior expansão económica (1999 a 2002). O crescimento do consumo de petróleo registou uma quebra em 2003, ano de recessão, mas desde então que está a subir de forma ritmada (de 1,5% em 2004 para quase 5% no ano passado).No entanto, esta maior intensidade energética da economia não se traduziu em mais crescimento, como provam os dados do PIB dos últimos anos. Pelo contrário, em 2006, Portugal precisou de pagar quase 51 euros para criar 1.000 euros de riqueza (PIB), naquele que é o maior valor desde 1985.Ribeiro da Silva, professor de Economia da Energia do ISEG, sublinhou que "se Portugal conseguisse reduzir em 20% o seu consumo de energia com recurso a mais eficiência pouparia 1,2 mil milhões de euros anuais".
Oliveira Fernandes, professor do Instituto Superior Técnico, pede um reforço "cada vez maior nas fontes renováveis", como as eólicas e a energia solar, e na modernização das construções, outro dos pontos por onde se escapa boa parte da energia.


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