domingo, 30 de dezembro de 2007

Acesso Norte a Mindelo abriu sexta-feira


O Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal da última quinta-feira, 27, perguntou ao Presidente da Câmara, quando abria este acesso a Mindelo, já que aparentemente estava transitável, apesar de estar bloqueada por blocos de betão..

Mário de Almeida, referiu que havia um conflito entre a empresa Metro do Porto e o empreiteiro e que o acesso não abriu porque entendeu que a sua abertura poderia ser indutor de acidentes.

Afirmou que a empresa do Metro lhe teria assegurado que a mesma abriria por todo o mês de Janeiro.

No dia seguinte de manhã cedo, foi visível a azáfama na rotunda e nas entradas do novo acesso, o qual estava aberto pelas 18:30h.


Terá sido coincidência ou foi a interpelação do bloco que fez apressar a abertura da rua? Parece que fomos mais eficazes que os apelos do Sr. Presidente da Junta de Mindelo.

O senhor presidente parece que ou não estava bem informado, ou arranjou na hora, uma explicação esfarrapada para a sua inoperância.

Bloco Rejeita Orçamento Faz de conta

Referindo-nos ao orçamento, ele mais uma vez reflete uma manobra recorrente, que se traduz no empolamento da receita para assim acompanhar o irrealismo da despesa; a previsão da despesa por sua vez, sobe em ano eleitoral com a lista de promessas que o plano inscreve. O irrealismo do orçamento fica bem documentado pelo histórico da taxa de execução do mesmo, mais baixo nos anos eleitorais de 2001 e 2005, com menor receita e subida da despesa corrente e superiores nos anos seguintes às eleições.

O irrealismo expresso na crescente previsão da receita, a qual sobe continuamente, passando de 67,5 milhões em 2006, para 70 milhões em 2007 e 76 milhões para 2008. A continuar esta lógica, não é difícil antever que em 2009 atingirá a astronómica quantia de 2001, ano de eleições, em que foi previsto arrecadar de receita, mais de 88 milhões, tendo-se apenas arrecadado pouco mais de 50 milhões.

A receita efectivamente cobrada tem-se mantido estável e em média é inferior a 52 milhões de euros, mas a maioria insiste em querer enganar os vilacondenses e apresenta valores irrealistas de 76 e mais de 88 milhões em anos eleitorais.

Fica pois demonstrado que este orçamento não é para levar a sério, é antes sim, um instrumento de propaganda.

O Plano é revelador da inversão de prioridades da política que vem sendo desenvolvida pela maioria do partido socialista, continua a investir e a privilegiar o investimento no litoral e na sede do concelho, com o objectivo de se perpetuar no poder através de políticas eleitoralistas, em concreto e em cumprimento de promessas eleitorais, nos lugares de Caxinas e Poça da Barca, onde promete aplicar em arranjos urbanísticos, 9% do total previsto para investimento, em detrimento das restantes vinte e nove freguesias. Esta é a política que rejeitamos e que é responsável pela falta de investimento no passado nas necessidades básicas, como são a rede de abastecimento de água e de saneamento, e que os vilacondenses agora pagam através do aumento de 4% que as empresas privadas a quem entregou esse serviço básico.

Para avaliarmos convenientemente esta distorção de prioridades, podemos verificar que neste plano, o investimento nos arranjos urbanísticos das Caxinas e Poça da Barca, 5,9 milhões, é superior à dotação para toda a rede viária, 5,8 milhões, ou ainda todo o investimento na habitação social, 5,6 milhões.

O ambiente pela primeira vez vê inscrito um investimento significativo, mas ele destina-se exclusivamente a uma praia e a uma freguesia do litoral. Não há qualquer investimento nas políticas de mobilidade sustentável ou de redução do consumo de energia.

Na educação não está prevista nenhuma acção que vise reduzir o analfabetismo do concelho, que segundo a carta educativa aqui aprovada por unanimidade, identifica 37.340 munícipes, 47,5% de vilacondenses que não concluiu o 4ºano. Fizemos em devido tempo uma recomendação que a maioria PS rejeitou e continua com uma atitude de ignorar este grave dificuldade do concelho, que reduz se não mesmo impede muitos vilacondenses de aceder a um emprego qualificado e é responsável pelos números de desemprego elevadíssimo no concelho e do mais baixo salário médio da área metropolitana do Porto.

A zona industrial da Varziela vê (verá?) finalmente arranjos urbanísticos. Esta é também um espelho do desordenamento, resultado do diferente tratamento que esta maioria dispensa ao território.

Mas este orçamento merece também reparo pela ausência de mecanismos de participação dos cidadãos na definição de prioridades de investimento. Em sentido contrário ao traçado pela generalidade dos municípios governados pela esquerda europeia, mas também portuguesa, o partido socialista de Vila do Conde recusa e resiste à participação cidadã, remetendo os seus munícipes apenas para a participação minimalista e terceiro-mundista, no acto eleitoral de quatro em quatro anos. O partido socialista vilacondense rechaça os apelos que a sociedade civil e presidentes da república fazem, no sentido da criação de fóruns e mecanismos de participação intercalar das populações nas decisões que interferem com o seu dia a dia, opondo-se deste modo, à evolução da história, colocando-se do lado das forças conservadoras e renegando o socialismo que dizem defender.

Votamos contra este orçamento, porque ele não vai ao encontro das necessidades do concelho e porque ele não identifica prioridades e sobretudo porque essas prioridades não estão contratualizadas com os cidadãos através de um processo transparente e participativo.

armando herculano

27.dez.08

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

PS, PSD e CDS rejeitam ORÇAMENTO PARTICIPATIVO


O Bloco de Esquerda de Vila do Conde apresentou ontem, na Assembleia Municipal, uma recomendação ao executivo no sentido do município implementar o inovador método de construção da proposta de Orçamento para o município, o qual promove a participação dos munícipes na definição das necessidades e prioridades do concelho: O Orçamento Participativo.

Ao contrário do método habitual, em que o orçamento é é elaborado apenas pelo presidente da câmara e pelos membros a ele mais chegados do executivo, o Orçamento Participativo solicita aos munícipes para que eles indiquem em assembleias abertas a toda a população, e realizadas por zonas territoriais pré-definidas, quais são os investimentos que o município está mais necessitado, e entre eles, quais os que têm maior prioridade, a fim de que estes sejam incluídos no plano de investimentos plurianual do município e respectivos orçamentos anuais.

Só a CDU acompanhou, votando favoravelmente, a recomendação do bloco. De notar que nenhum dos partidos que votaram contra, justificou o sentido da sua votação, aparentemente por desconhecimento ou surpresa.

Este método que tem origem nas prefeituras do PT brasileiro, é já uma referência mundial e chegou a portugal através da câmara de Palmela de maioria CDU. Hoje é um método que tem diferentes graus e métodos de implementação, mas está presente em muitas freguesias e câmaras do PS, e da CDU.

Recentemente a câmara de Lisboa aprovou uma proposta do vereador Sá Fernandes do Bloco e iniciou já este método na elaboração do próximo orçamento do município lisboeta.

Também na europa, este método está a fazer o seu caminho. Em Itália, Espanha e até na conservadora Alemanha, vários são os municípios, em geral de esquerda, que implementaram este processo participado de participação cidadã na vida das suas cidades.

O partido socialista vilacondense rechaça os apelos que a sociedade civil e presidentes da república, como os socialistas, Mário Soares e Jorge Sampaio fazem, no sentido da criação de fóruns e mecanismos de participação intercalar das populações nas decisões que interferem com o seu dia a dia, opondo-se deste modo, à evolução da história, colocando-se do lado das forças conservadoras e renegando o socialismo que dizem defender.

O texto da recomendação segue abaixo.

Recomendação

Orçamento Participativo

É já hoje consensual que a democracia representativa esboça sintomas de alguma fragilidade, enquanto processo de governação, revelando várias insuficiências e limitações as quais são em grande parte responsáveis por um progressivo e perigoso alheamento das populações pelos actos da governação e pelos seus representantes.

Trinta e dois anos passados sobre o 25 de Abril, existe já experiência suficiente para identificar vários constrangimentos e limitações na governação dos municípios, para as quais têm sido apontados caminhos vários, entre eles e por via legislativa, como a reforma da lei eleitoral, a limitação de mandatos, etc.; em nossa opinião porém, o problema carecendo de melhoramentos e clarificações, quer na sua organização, quer no seu funcionamento e ordenamento jurídico, necessita antes de mais de uma outra atitude por parte dos representangtes eleitos face aos cidadãos eleitores.

A democracia representativa não se esgota no acto eleitoral, antes deve esforçar-se por manter vivo o sentido de representatividade e de implicação recíproca dos eleitores com os eleitos. Não se trata de questionar a legitimidade dos eleitos, mas sim o de reconhecer que os eleitores têm opinião para além do acto eleitoral e de que os programas que são sufragados em eleições têm lacunas e vazios, não previstos nem previsíveis, e que estas podem ser colmatadas com consultas aos cidadãos, através de fóruns formais ou informais de auscultação do sentido dos anseios dos cidadãos.

A representação democrática tem de ser 'oleada' continuamente e por esse motivo, politólogos e outros actores políticos, têm proposto articular com a representação formal saída dos actos eleitorais, uma outra componente de participação dos cidadãos, que pretende colmatar os espaços de menor definição e ou, espaços onde a decisão é mais eficientemente e acertada, quando tomada por aqueles que estão mais próximo dos problemas.

É com este propósito que se

Recomenda:

ao município de Vila do Conde e ao seu executivo, que a proposta de orçamento para o ano de 2009 seja elaborado tendo em conta um mecanismo de auscultação dos vilacondenses, através de um processo a que chamamos de, Orçamento Participativo, através de assembleias e inquéritos, onde os cidadãos identifiquem as necessidades de cada freguesia e do município e apontem a respectiva prioridade.

A organização e condução deste processo deve ser da inteira responsabiliade do executivo, órgão a quem compete apresentar a proposta de orçamento, podendo cada vereador definir nos pelouros da sua responsabilidade, qual as áreas e percentagem do seu orçamento destinado ao investimento, que disponibiliza para ser aplicado através dos critérios do processo de consulta do Orçamento Participativo.

Estamos certos que desta forma, os cidadãos se sentirão mais identificados, implicados e responsabilizados pela governação e com a política, e que a democracia sairá reforçada.

armando herculano

27.dez.08

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mais informação sobre o OP em Portugal:

Literatura(net):


Sítios de municípios:

outros:



segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Requerimento sobre naufrágio da "LUZ do Sameiro"


Na sequência da reunião realizada no dia 24 de Novembro com a

Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar [APMSHM]

o deputado do BE, João Semedo, fez dois pedidos de esclarecimento ao governo sobre duas das preocupações que nos foram transmitidas pelo presidente da associação, sr. José Festas.

Os requerimentos podem ser consultados/baixados em:

(click no botão 'download file'' e digit o código de validação)
(click no botão 'download' file' e digit o código de validação)


Continuaremos a acompanhar estes dois casos, para o que nos manteremos sempre ao dispor e em contacto com aquela associação.